A insuficiência cardíaca é uma condição capaz de debilitar e impactar severamente o bem-estar de quem sofre com ela, exigindo mudanças de hábitos, tratamentos específicos e medidas de suporte para evitar complicações graves.
De modo geral, ela ocorre quando o coração não funciona corretamente, afetando a capacidade de bombear o sangue para o corpo. Com isso, pode ocorrer acúmulo de fluídos em outras áreas do organismo, provocando sintomas e afetando bastante a rotina. 1
Neste post, vamos explicar o que é a insuficiência respiratória, o que causa essa condição e os sintomas que podem indicar que ela está se desenvolvendo no paciente.
Além disso, vamos ressaltar os fatores de risco, métodos de diagnóstico, tratamentos indicados e dicas de autocuidado.
Continue lendo!
O que é insuficiência cardíaca?
A insuficiência cardíaca é uma doença que ocorre quando o coração deixa de bombear o sangue adequadamente, deixando de atender as necessidades do organismo. Ela pode se relacionar com a ação de contração ou relaxamento, indicando fraqueza, rigidez excessiva ou ambos. 1
Ela também é conhecida como insuficiência cardíaca congestiva ou pela sigla IC 1.
Dessa forma, o fluido pode acumular nos pulmões e em outras áreas do corpo, devido à diminuição do fluxo sanguíneo e à congestão do sangue nas veias. Tais alterações podem comprometer e agravar sua condição. 1
Qualquer um pode desenvolver insuficiência cardíaca, até mesmo crianças, mas é notável que ela é mais frequente em pessoas com mais de 50 anos, por conta da maior predisposição de apresentarem distúrbios que diminuem a eficácia do coração. 2
Tipos de insuficiência cardíaca
Existem três tipos de insuficiência cardíaca, classificados de acordo com a taxa de sangue bombeada pelo coração a cada batida 1. Essa medida é conhecida como fração de ejeção (FE). A partir disso, temos:
Insuficiência cardíaca com FE reduzida
Também chamada de insuficiência cardíaca sistólica, acontece quando a força de contração do coração está reduzida. 1
Com isso, ele bombeia uma porcentagem de sangue menor do que retorna ao órgão após os batimentos. O sangue permanece no coração e eventualmente se acumula nas veias, pulmões ou em ambos. 1
Insuficiência com FE preservada
Pode ser referida como diastólica. Nesse quadro, o coração apresenta mais rigidez do que o normal. Logo, não consegue relaxar adequadamente após as contrações. Como consequência, a capacidade de se encher de sangue a cada batimento fica comprometida. 1
Como o nome sugere, a proporção bombeada para fora do coração se mantém preservada, porém, a quantidade ejetada a cada contração tende a diminuir. 1
Insuficiência cardíaca com fração de ejeção
Essa abordagem é mais recente que as anteriores. Ela serve para classificar pacientes que apresentam fração de ejeção entre os valores de referência para a FE ser considerada preservada ou reduzida. 1
Como identificar a insuficiência cardíaca?
De modo geral, para identificar a insuficiência cardíaca, é preciso analisar os sintomas mais comuns do quadro, que 1 são:
- falta de ar;
- fadiga e indisposição;
- inchaço e acúmulo de líquidos nas pernas (formação de edemas);
- perda de condicionamento físico, com incapacidade de se exercitar ou fazer esforço.
Além disso, para pessoas com mais de 50 anos de idade, a doença também pode provocar confusão mental, desorientação e sonolência.
Você pode identificar a insuficiência cardíaca com base nos sintomas listados e a avaliar a gravidade da condição a partir do impacto que ela tem na realização de tarefas de rotina. Assim, a IC pode ser considerada:
- sem limitações: quando não apresenta cansaço, falta de ar ou palpitações notáveis;
- leve: atividades comuns de rotina causam bastante cansaço, falta de ar, desconforto no tórax e palpitações notáveis;
- moderada: quando apresenta conforto em repouso, mas sente os sintomas assim que inicia uma atividade física de rotina;
- graves: a pessoa sente os sintomas mesmo em repouso e o quadro piora quando faz uma atividade física qualquer.
À medida que a gravidade do quadro aumenta, ela também pode ser classificada como insuficiência cardíaca esquerda, direita ou grave.
Respectivamente, é caracterizada por edemas nos membros, falta de ar durante esforço físico e sintomas mesmo em repouso, incluindo respiração periódica, quando fica sem respirar por um período breve.
Fatores de risco para insuficiência cardíaca
Os fatores de risco da insuficiência cardíaca 1 são os seguintes:
- hipertensão (pressão arterial elevada);
- anomalias nas válvulas do coração;
- cardiomiopatia, quando há aumento do tamanho do coração;
- histórico familiar de doenças cardíacas (predisposição genética);
- diabetes;
- ocorrência de ataque cardíaco;
- sedentarismo;
- obesidade;
- colesterol alto;
- tabagismo;
- doenças coronárias.
Como mencionado, qualquer pessoa pode sofrer com insuficiência cardíaca. Porém, existem fatores de risco que exigem acompanhamento mais atento, para obter diagnóstico precoce e agilizar o tratamento da doença.
O que provoca a insuficiência cardíaca?
As causas de insuficiência cardíaca 2 podem ser divididas entre as que afetam diretamente o coração e as que têm efeito indireto, chamadas respectivamente de causas cardíacas e não cardíacas.
Entre as causas cardíacas 1, temos:
- doença arterial coronariana;
- infarto do miocárdio anterior (ataque do coração);
- miocardite (inflamação do músculo cardíaco);
- uso de medicamentos fortes, como os utilizados para quimioterapia;
- abuso de substâncias tóxicas, como álcool e tabaco;
- desvio de septo ventricular;
- valvulopatias;
- alterações que provocam ritmo cardíaco anormal;
- distúrbios genéticos;
- distúrbios que deixam o coração mais rígido.
Já as causas não cardíacas 1 incluem:
- tratamento inadequado ou incompleto de pressão alta;
- anemia;
- insuficiência renal;
- distúrbios da tireoide;
- diabetes;
- obesidade;
- enrijecimento das paredes cardíacas com o envelhecimento.
Como diagnosticar insuficiência cardíaca?
O diagnóstico de insuficiência cardíaca 1 pode ser feito pelo médico ao observar os sintomas do paciente. Posteriormente, ele pode solicitar exames para confirmar a suspeita, incluindo: radiografia do tórax, eletrocardiograma (ECG), ecocardiograma, hemogramas e outros exames por imagem.
Como é o tratamento para insuficiência cardíaca?
Os tratamentos de insuficiência cardíaca 1 incluem medidas, como:
- ajustes na alimentação e estilo de vida;
- tratamento de condições que causam a IC;
- uso de medicamentos.
Autocuidado para insuficiência cardíaca
Para começar o autocuidado para insuficiência cardíaca, você deve melhorar os seus hábitos de alimentação e rotina, para diminuir os fatores que causam estresse ao coração e que podem agravar o quadro. 1
Nesse caso, é válido:
- evitar o consumo de álcool e cigarros;
- controlar a massa corporal praticando atividades físicas adequadas para sua condição;
- diminuir o consumo de sal para evitar a retenção de líquidos;
- priorizar uma alimentação mais saudável, nutritiva e com baixo teor de gorduras.
Medidas como essas também ajudam a prevenir problemas cardíacos, aumentando sua importância para a manutenção da saúde.
Tratamentos de causas
Qualquer condição capaz de provocar a insuficiência cardíaca deve ser tratada adequadamente para controlar o problema. 2
Hipertensão e diabetes podem ser controlados com medicamentos e melhores hábitos no dia a dia, enquanto alterações na formação de válvulas e bloqueios arteriais podem demandar intervenção cirúrgica.
Medicamentos para insuficiência cardíaca
O tratamento medicamentoso para IC 1 pode ser voltado para alívio dos sintomas ou melhora da sobrevida do paciente. No primeiro caso, diuréticos, nitratos e a digoxina são os mais comuns. Do outro lado, temos várias classes com diferentes aplicações, incluindo:
- inibidores da enzima de conversão da angiotensina (ECA);
- betabloqueadores;
- antagonistas da aldosterona;
- bloqueadores dos receptores da angiotensina II (BRAs);
- inibidores da neprilisina e dos receptores da angiotensina (INRAs);
- inibidores do cotransportador de sódio-glicose tipo 2 (SGLT2s);
- inibidores do nó sinusal.
Esperamos que tenha tirado suas dúvidas sobre a insuficiência cardíaca. A informação e o acompanhamento médico ajudam bastante prevenir e tratar essa doença, permitindo a manutenção ou melhora da qualidade de vida.
Agora que você terminou de ler o post, aqui vão algumas recomendações de leitura que podem interessar: