Se você deseja saber para que serve a riboflavina, conhecida popularmente como vitamina B2, está no texto certo! Afinal, é preciso consumir fontes desse nutriente diariamente para evitar doenças cardiovasculares, nos olhos, na pele e em outras partes do corpo ².
O homem não consegue produzir sozinho vitaminas e minerais essenciais ao bom funcionamento do organismo. Por isso, é fundamental entender onde encontrar todos os nutrientes para manter a saúde ao longo da vida e promover um envelhecimento com mais bem-estar e qualidade de vida ².
Neste artigo, vamos abordar tudo sobre a vitamina B2: o que é riboflavina, quais são suas funções, sintomas e causas de sua deficiência no organismo e quais alimentos são indicados para aumentar o consumo desse nutriente. Boa leitura!
O que é riboflavina?
A riboflavina, mais conhecida como vitamina B2, é uma substância hidrossolúvel, que compõe as vitaminas do complexo B. Com cor amarela e fluorescente, é sensível à luz e ao calor e pode ser consumida em uma variedade de alimentos, como leite, carnes e vegetais ¹,².
Por ser solúvel em água, ela é eliminada facilmente pela urina e, por isso, é bastante difícil se acumular e causar algum tipo de intoxicação no organismo ².
Além de adquirir a vitamina B2 pela dieta diária, o corpo sintetiza uma pequena parte dela na flora intestinal com a atuação de microorganismos do intestino ².
Para que serve a riboflavina?
A riboflavina é essencial para o metabolismo de elementos aeróbicos e gerar energia ao corpo. Ela é precursora de coenzimas vitais para o transporte de elétrons. Por ser fotossensível, ajuda enzimas que precisam de luz a desempenharem suas funções, como as que atuam no reparo do DNA ¹.
Além disso, essa vitamina age no metabolismo de lipídios (gorduras), do ácido fólico, da niacina (vitamina B3) e da piridoxina (vitamina B6) ¹. A piridoxina, por exemplo, participa ativamente na síntese de neurotransmissores como dopamina e serotonina ³.
Outra função da riboflavina que merece destaque é sua contribuição para a saúde da visão. Essa vitamina é um dos componentes dos olhos e melhora a vascularização da córnea ¹.
Entenda para que serve a riboflavina no organismo humano, além das funções já citadas:
- oxidação de ácidos graxos ³;
- regulação do relógio biológico ¹;
- participação em processos respiratórios celulares ²;
- desintoxicação do fígado ²;
- manutenção do revestimento dos nervos ²;
- transformação dos alimentos em energia para o corpo ²;
- produção de enzimas da glândula tireóide ²;
- apoptose celular (morte celular programada que elimina células defeituosas ou desnecessárias) ³.
Alguns estudos da área de saúde pública confirmam ainda que a vitamina B2 protege o organismo contra doenças cardiovasculares e processos que geram tumores no corpo. Isso porque ela possui propriedades antioxidantes em determinados tecidos corporais ¹.
Leia também: Por que as vitaminas do complexo B são tão importantes para o organismo?
Causas da deficiência de riboflavina
A deficiência de riboflavina pode ser causada por diversos fatores, porém, ela não é comum em toda a população. Geralmente a hipovitaminose B2 é vista em áreas que possuem pouco ou nenhum consumo de carne, leite e derivados ².
Há também os grupos de riscos que possuem maiores chances de desenvolver a falta de vitamina B2 no organismo ², sendo eles:
- gestantes;
- bebês;
- atletas de alta performance;
- pessoas que usam certos medicamentos.
As principais causas da deficiência de riboflavina são má alimentação, uso de drogas, alcoolismo crônico, hipertireoidismo, diabetes e febres com longa duração ².
Sintomas da falta de riboflavina
Mas, e o que acontece quando falta vitamina B2 no organismo? A manifestação da deficiência de riboflavina acontece de variadas formas ¹.
Por desempenhar um papel nas reações de oxidorredução do metabolismo e transportar elétrons, a baixa concentração desse nutriente pode causar distúrbios nesses processos e impactar a produção de energia para o organismo ¹.
Isto é: caso você esteja com pouca vitamina B2, pode sentir cansaço e fadiga constantes.
A baixa quantidade de riboflavina também aumenta as chances de desencadear:
- distúrbios no metabolismo do ferro ¹;
- neurodegeneração e neuropatias ¹;
- interferência no metabolismo de outras vitaminas do complexo B, como ácido fólico, vitamina B12 e vitamina B6 ¹;
- catarata e opacidade na córnea ¹;
- anemia ³;
- enxaqueca ³;
- depressão ³;
- cegueira noturna ³;
- determinados tipos de câncer ¹.
Já o excesso de vitamina B2 é bastante raro de acontecer, pois esse nutriente é eliminado pela urina e não fica armazenado no organismo ².
Veja mais: Suplementos para dar energia e disposição: quais os melhores?
Onde encontrar a vitamina B2?
A boa notícia é que é fácil encontrar alimentos com riboflavina disponível em grande quantidade. As principais fontes alimentares de vitamina B2 são ¹, ²:
- leite e derivados;
- carnes;
- peixes;
- leveduras;
- vegetais verde-escuros.
Qual a quantidade diária ideal de consumo de riboflavina?
O Ministério da Saúde indica o consumo diário de riboflavina para ⁴:
- adultos: 1,3 mg/dia;
- crianças de 0 a 6 meses: 0,3 mg/dia;
- crianças de 7 a 11 meses: 0,4 mg/dia;
- crianças de 1 a 3 anos: 0,5 mg/dia;
- crianças de 4 a 6 anos: 0,6 mg/dia;
- crianças de 7 a 10 anos: 0,9 mg/dia;
- gestantes: 1,4 mg/dia;
- lactantes: 1,6 mg/dia.
Geralmente, as gestantes recebem uma orientação médica de consumir suplementos de vitamina B2 de 0,3 mg/dia e, as lactantes, de 0,5 mg/dia. Isso tudo porque estudos comprovam que há uma queda de riboflavina durante o terceiro trimestre da gravidez ¹.
Ou seja, todas as fases da vida necessitam doses diárias de riboflavina para garantir um bom desenvolvimento físico e cerebral. A suplementação é indicada para tratar a hipovitaminose, devendo ser feita com acompanhamento de um especialista da área de saúde.
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Souza ACS, et al. Riboflavina: uma vitamina multifuncional. Quím Nova [Internet]. 2005; 28(5): 887–91.
Gijón MM. Riboflavina. Vitamina B2. MoleQla: Revista de Química de la Universidad Pablo de Olavide. 2012; (6): 32-33.
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Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução-RDC nº 269, de 22 de Setembro de 2005.