Você sabe o que é musicoterapia? Já pensou em fazer terapia com música? Quando o assunto é saúde mental, diversos estudos já comprovam os benefícios da música para o bem-estar e a melhora do humor.¹
Isso acontece porque a música pode afetar diretamente o nosso cérebro, desencadeando compostos neuroquímicos importantes para regular nosso emocional.²
Por essa razão, as canções são muito utilizadas em terapias, sejam individuais ou em grupo, e o hábito de ouvir música diariamente é indicado por profissionais da saúde no tratamento de transtornos mentais.
Quer saber mais sobre esse assunto? Continue a leitura para descobrir os benefícios da musicoterapia e entender como a música pode tornar seu dia a dia mais leve.
O que é musicoterapia?
A musicoterapia é um tratamento, indicado para as mais diversas condições, mas principalmente para questões mentais, que utiliza a potencialidade da música para melhorar distúrbios de saúde.
Há anos sendo estudada, o impacto da música é fácil de ser percebido, basta pensar em como você fica ao ouvir uma música alegre e o que acontece quando a playlist do seu dia está mais melancólico.
Essa influência é muito pesquisada na área da ciência, que já comprovou os benefícios da musicoterapia na saúde mental, sobretudo no tratamento da ansiedade e depressão, além da redução do estresse.3,4,5
Isso acontece porque a música pode, de fato, atuar sob as funções cerebrais, principalmente na produção de hormônios que são diretamente ligados a transtornos mentais. Como, por exemplo:2
- a dopamina: neurotransmissor associado às sensações de prazer;
- a serotonina: “hormônio da felicidade” que influencia no humor, apetite e sono;
- a oxitocina: neurotransmissor que promove a capacidade de conexão com outras pessoas e a sensação de bem-estar.
Quais os benefícios da musicoterapia?
Agora que você sabe o que é musicoterapia e como ela pode ajudar na saúde mental, veja quais os seus principais benefícios:
- ajuda a regular as emoções;
- aumenta a motivação e o foco;
- diminui o estresse e a fadiga;
- controla pensamentos ansiosos e depressivos;
- diminui episódios de dores crônicas;
- atua no desenvolvimento cognitivo;
- melhora a memorização.
7 atividades de musicoterapia para meia idade
1. Jogo da memória musical
Muitas atividades da musicoterapia podem atuar no exercício da memória, o jogo da memória musical é uma alternativa muito interessante.
Ele consiste em reconhecer canções que fizeram muito sucesso anos atrás. A ideia, além de fazer o grupo trabalhar a memória, é resgatar lembranças afetivas que possam estar relacionadas às músicas tocadas.
Depois, é possível abrir a conversa sobre a época da vida em que as canções foram plano de fundo para as experiências da juventude.
2. Jogo da memória imediata
E que tal juntar a música e a dança em uma atividade? O jogo da memória imediata ajuda a trabalhar a memória de curto prazo.
Para isso, enquanto uma música toca, o grupo deve realizar movimentos repetitivos, que estão associados a algumas partes da canção. Assim, sempre que determinado trecho é cantado, é preciso se recordar de qual passo executar.
Para ter um bom resultado, é necessário memorizar os movimentos, estimulando a mente a ficar alerta. Ao praticar esse exercício, prefira músicas vibrantes e divertidas, que possam tornar o momento mais alegre e impactar o humor positivamente.
3. Exercícios de respiração
Como vimos ao entender o que é musicoterapia, um dos benefícios da terapia com música é a redução do estresse e o controle da ansiedade.5
Para isso, uma boa alternativa de atividade é trabalhar a respiração e o relaxamento corporal acompanhado de escolhas musicais.
Assim, é possível praticar os exercícios respiratórios, como a respiração abdominal e a respiração profunda, para proporcionar maior relaxamento para o grupo.
Para tornar o momento de meditação mais profundo é recomendado utilizar uma música de fundo, que pode, inclusive, ditar a frequência da respiração.
No entanto, por ser uma atividade mais profunda, o ideal é escolher canções que transmitam calma e possuam uma sonoridade relaxante, evitando músicas que possam despertar sentimentos de tristeza ou melancolia.
4. Exercícios de estímulo da fala
Não dá para falar em música e esquecer o canto, não é? Quando falamos sobre o que é musicoterapia e os efeitos das canções em nossa saúde mental, basta lembrar em como pode ser difícil evitar cantar uma música vibrante, por exemplo.
Assim, a musicoterapia pode se utilizar desse comportamento natural para trabalhar a fala e estimular o aparelho fonador, além de promover um momento agradável que, certamente, irá impactar o humor do grupo.
5. Exercícios de estímulo motor
Os instrumentos também fazem parte da terapia com música, e alguns exercícios utilizando-os pode ajudar no estímulo motor.
Seja acompanhando a melodia ou improvisando, tocar um instrumento pode ajudar a fortalecer a musculatura, trabalhar as articulações, melhorar a coordenação motora, entre outros aspectos físicos.
Se o participante já possui o hábito de tocar instrumentos ou se já tocou em outras fases da vida, essa pode ser uma oportunidade de resgatar memórias afetivas junto à música.
6. Exercícios de estímulo visual
Outro exercício de musicoterapia para a meia idade é a leitura de letras de músicas. Isso ajuda a manter a leitura regular, o que estimula uma mente ativa, melhora a concentração e até mesmo impacta positivamente a visão.
Além, claro, de ser um momento de distração e relaxamento devido aos efeitos da música no cérebro humano.
7. Exercícios de consciência corporal
Por fim, a musicoterapia também pode ajudar a manter a consciência corporal e trabalhar o equilíbrio, alguns pontos que podem sofrer mudanças com o avanço da idade.
Assim, com uma música de fundo, a ideia é trabalhar o domínio motor preciso com a movimentação do corpo seguindo a batida da canção escolhida.
Também é possível trabalhar a criatividade com essa atividade, ao permitir que cada membro do grupo crie um movimento enquanto os outros o reproduzem.
Silber BY, Schmitt JA. Effects of tryptophan loading on human cognition, mood, and sleep. Neurosci Biobehav Rev. 2010;34(3):387-407.