Você sabe o que estresse pode causar? Segundo dados da OMS e da OPAS, os casos de ansiedade e depressão desencadeados pelo estresse excessivo aumentaram 25% na população mundial após a pandemia da covid-19. Por isso, 90% dos países já incluíram ações de saúde mental e apoio psicossocial (terapia) para os pacientes ⁹.
Não é de hoje que o estresse mental ou emocional é um dos maiores problemas da sociedade. A preocupação se dá quando esse estado persiste por um longo tempo ⁵.
Afinal, ele pode causar doenças e sintomas indesejáveis, que precisam de atenção e tratamento adequado ⁵. Se você precisa entender melhor sobre doenças que o estresse pode causar e como melhorar esse estado mental e emocional, continue a leitura e comece a agir agora mesmo!
O que é o estresse?
Há diversos conceitos para definir o que é o estresse. Para a psicologia, ele é o conjunto de situações estressoras que a pessoa tem dificuldade em lidar. Isto é, o indivíduo se julga incapaz de enfrentar os conflitos internos e gerenciar as suas emoções frente a eles ³.
Outro conceito da palavra estresse o define como o conjunto de alterações fisiológicas, químicas e comportamentais causadas no organismo quando a pessoa se vê diante um desafio. Nesse caso, o corpo reage com mecanismo de adaptação para prepará-lo para a “luta” ou a “fuga” ².
O primeiro estudioso que buscou a definição do estresse foi Hans Selye, focando em sua atuação biológica e comum no organismo humano. Ele determinou que esse estado se manifesta pela Síndrome Geral de Adaptação (SGA) ¹.
Isto é, o SGA é um agrupamento de resposta a uma lesão no organismo e se desenvolver em três etapas ¹, ²:
- fase de alarme: surgimento de manifestações agudas que causam rupturas no equilíbrio interno do organismo para ele se adaptar à situação enfrentada;
- fase de resistência: desaparecimento das manifestações agudas já que o organismo se adaptou e gerou respostas fisiológicas e comportamentais para voltar ao seu equilíbrio (homeostase);
- fase de exaustão: quando essas manifestações voltam e se prolongam, podendo causar um colapso e uma sobrecarga energética no organismo (sintomas e doenças).
Selye ressalta que essas manifestações são diferentes ao longo do tempo e o indivíduo não passa, necessariamente, por essas três fases para registrar a síndrome. Uma situação de estresse mais grave pode desencadear a fase de exaustão, sem passar pelas outras, por exemplo ¹.
Em resumo da conceituação realizada por diversos autores brasileiros e estrangeiros, o estresse é uma reação particular de uma pessoa frente aos estímulos estressores que podem ser externos, como situações de natureza física ou social (trabalho e família), ou internos, como pensamentos, emoções, sentimentos e fantasias ¹.
O estresse é necessário para garantir a sobrevivência e ajudar o organismo a se preparar com respostas adaptativas gerando até maior produtividade e criatividade. Mas, quando ele é excessivo e persistente, há muitas doenças que o estresse pode causar, que afetam o bem-estar e a qualidade de vida ¹.
Tipos de estresse
- Estresse agudo: é curto, mas intenso. Ele é causado geralmente por ocorrências traumáticas, porém passageiras, como a morte de um ente querido ⁴.
- Estresse crônico: acontece de forma mais suave, porém constante no dia a dia do indivíduo ⁴.
Sintomas do estresse
Como já falamos mais acima, há três fases de evolução do estresse: de alerta, de resistência e de exaustão. Cada uma delas apresenta sintomas específicos ⁴.
Por exemplo, na primeira fase, a de alerta, assim que a pessoa se depara com o agente estressor, ela pode sentir mãos e/ou pés frios, boca seca, dor no estômago, suor, tensão e dor muscular, aperto na mandíbula, diarreia passageira, insônia, aceleração dos batimentos cardíacos, respiração superficial e ofegante, aumento da pressão sanguínea, agitação etc ⁴.
Já na fase de resistência o indivíduo pode apresentar perda de memória, mal-estar generalizado, sensação de cansaço constante, alteração no apetite, problemas de pele, gastrite prolongada, alta sensibilidade emotiva, irritabilidade excessiva, falta de libido, entre outros ⁴.
A última fase, a de exaustão, pode acarretar sintomas como diarréia frequente, perda da libido, insônia, tiques nervosos, hipertensão arterial, mudança extrema de apetite, aceleração do ritmo cardíaco, cansaço excessivo, irritabilidade aguda, angústia, ansiedade, depressão, perda do humor, hipersensibilidade emotiva e muito mais ⁴.
Então, o que o estresse pode causar são sintomas físicos, psíquicos ou ambos. Os físicos são mudanças drásticas de temperatura do ambiente, lesões e machucados, cirurgias, acidentes, entre outros. Os sintomas psíquicos ou emocionais são gerados, por exemplo, pela perda de emprego, morte de um ente querido, divórcio, mudança de casa etc ⁴.
Aprenda mais: Como manter a saúde mental, viver bem e ser feliz?
O que o estresse pode causar?
Mas, além dos sintomas, o estresse pode causar doenças e danos irreversíveis ao corpo. E o agravamento de enfermidades depende também de fatores genéticos, congênitos, emocionais, alimentares, entre outros. Por isso, há uma relação do estresse com a depressão nervosa, imunodepressão e hipotireoidismo ⁷.
Outra doença prolongada é a gastrite e/ou úlcera resultante do aumento da acidez gástrica pelas alterações fisiológicas causadas pelo estado nervoso ⁷.
Veja o que o estresse pode causar no organismo:
- doenças psiquiátricas, como depressão, depressão pós-parto, transtorno bipolar, perda de memória e Alzheimer ⁷;
- baixa da imunidade, gerando imunossupressão ou imunoativação ⁷;
- aceleração do envelhecimento orgânico ⁷;
- perda ou ganho de peso ¹;
- atrofia dos órgãos linfáticos ¹;
- dores constantes no corpo ⁵;
- queda de cabelo ⁵;
- doenças cardiovasculares ⁵;
- hipertensão arterial ⁵;
- infarto agudo do miocárdio (ataque cardíaco) ⁵;
- transtornos do sono ⁸;
- urticária e outros problemas de pele ⁸;
- aumento do risco de casos de asma e artrite ⁸;
- diabetes ⁸;
- dificuldade de engravidar ⁸.
Como melhorar o estresse?
Agora que você já conferiu o que o estresse pode causar, vamos entender como aliviar os sintomas e como melhorar o estresse? Selecionamos dicas valiosas de vários especialistas para prevenir e tratar esse estado físico e mental.
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Dicas para aliviar o estresse
- exercícios que integram e relaxam a mente e o corpo, como meditação, yoga, técnicas de respiração profunda e massagem ¹, ⁸;
- alimentação balanceada e saudável, com cálcio, magnésio, vitaminas do complexo B, vitamina C e manganês, porque o corpo perde muitas vitaminas e nutrientes no processo de estresse ⁴;
- praticar atividades físicas que estimulem hormônios relaxantes, como a endorfina ⁴;
- procurar a estabilidade emocional com psicoterapia ⁵;
- dormir bem ⁸;
- conversar com amigos ⁸;
- ajudar os outros ⁸;
- desenvolver um hobby ⁸;
- estabelecer limites em todas as relações, como as amorosas, familiares e profissionais ⁸;
- planejar o seu tempo ⁸;
- evitar consumir bebidas alcoólicas, drogas, tabaco e excesso de comida ⁸;
É importante ressaltar que o estresse está atrelado a diversas situações da vida cotidiana. Por isso, por mais que seja difícil evitá-lo, é preciso encontrar maneiras de reduzi-lo. Como essas dicas para aliviar o estresse dadas acima.
Para evitar o que o estresse pode causar é preciso mudar a percepção das situações normalmente estressoras, entendendo que é algo passageiro ¹. As chances de desenvolver sintomas e doenças mais graves são impactadas diretamente pela saúde mental da pessoa e suas condições físicas ¹
Por isso, aprenda como relaxar em momentos de estresse, adaptando as dicas para a sua realidade e os seus interesses. Cuidar da saúde é fundamental para viver melhor e com mais bem-estar.
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Filgueiras JC, Hippert MIS. A polêmica em torno do conceito de estresse. Psicologia: Ciência e Profissão. 1999; 19(3): 40-51.
Sousa MBC, et al. Resposta ao estresse: I. Homeostase e teoria da alostase. Estudos de Psicologia (Natal). 2015; 20(1): 2-11.
Loures DL, et al. Estresse mental e sistema cardiovascular. Arquivos brasileiros de cardiologia. 2002; 78(5): 525-530.
Cortez CM, Silva D. Implicações do estresse sobre a saúde e a doença mental: [revisão]. Arquivos Catarinenses de Medicina. 2007; 36(4): 96-108.